Plano de Aula: A norma-padrão e o preconceito linguístico

Tema: A norma-padrão e o preconceito linguístico

Duração: 50 minutos

Etapa: Ensino Fundamental II

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Faixa Etária: 13 a 14 anos

Objetivo Geral:
Promover uma compreensão crítica sobre a norma-padrão da língua portuguesa, suas variações e o preconceito linguístico, incentivando o respeito às diferentes formas de expressão e a valorização da diversidade linguística.

Objetivos Específicos:
1. Identificar as principais características da norma-padrão da língua portuguesa.
2. Analisar as variações linguísticas que ocorrem na língua portuguesa falada pelos alunos.
3. Compreender o conceito de preconceito linguístico e suas implicações sociais.
4. Desenvolver habilidades de argumentação e reflexão sobre o uso da língua em diferentes contextos.
5. Promover o respeito e a valorização das diferentes formas de expressão linguística por meio de atividades práticas.

Habilidades BNCC:
EF69LP55 – Analisar e reconhecer a variação linguística em diferentes contextos, compreendendo seu envolvimento com práticas sociais e a construção de identidades.

Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Projetor multimídia (se disponível).
– Folhetos com exemplos de variações linguísticas e textos que evidenciem preconceito linguístico.
– Acesso à internet para vídeos ou entrevistas sobre o tema (opcional).
– Papel, canetas e cartolinas para atividade em grupo.

Desenvolvimento:
Para iniciar a aula, o professor deve ser acolhedor e criar um ambiente propício ao diálogo, explicando o tema da aula e sua relevância. A aula pode ser dividida em três etapas principais:

1. Introdução ao tema (10 minutos):
O professor apresenta o conceito de norma-padrão da língua portuguesa, enfatizando o que a caracteriza e como é utilizada nos meios formais de comunicação, como jornais, livros e documentos oficiais. Em seguida, o docente solicita que os alunos compartilhem o que sabem sobre a variação linguística, promovendo uma breve discussão sobre as diferentes maneiras de falar e escrever a língua. Essa parte da aula pode ser utilizada para esclarecer que a língua é viva e se modifica conforme o uso e os contextos sociais.

2. Análise das variações linguísticas (20 minutos):
O professor distribui folhetos com exemplos de diferentes variedades da língua, como o português falado nas diversas regiões do Brasil, gírias e jargões de grupos sociais específicos. Incentiva-se debates em grupos pequenos, onde os alunos devem:
– Discutir as variações apresentadas.
– Destacar aspectos positivos das variações linguísticas, como a riqueza cultural que trazem.
– Identificar os preconceitos que podem surgir a partir dessas variações. O professor pode circular entre os grupos, auxiliando e instigando questionamentos.

Após a discussão em grupos, cada grupo pode apresentar suas conclusões para a turma. Essa atividade estimula a oratória, a escuta e a argumentação.

3. Discussão sobre preconceito linguístico (20 minutos):
O professor retoma a ideia de preconceito lingüístico, explicando como a forma de falar de uma pessoa pode influenciar a maneira como ela é vista socialmente. Através de exemplos práticos, como entrevistas, músicas e textos, o educador pode mostrar como ocorre o preconceito linguístico na sociedade, disparando reflexões sobre a respeito social e a importância da inclusão.

Para finalizar essa parte, o professor pode realizar um pequeno debate, fazendo perguntas direcionadas, como: “Por que achamos que algumas formas de falar são superiores a outras?”, “Quais efeitos o preconceito linguístico pode ter sobre a autoestima das pessoas?” e “Como podemos combater esse preconceito no nosso dia-a-dia?”.

Avaliação:
A avaliação será contínua e baseada na participação dos alunos durante as atividades em grupo e nas discussões. O professor observará a capacidade dos alunos de se expressar e argumentar sobre a norma-padrão, variações linguísticas e preconceito. Para uma avaliação final, pode-se pedir que os alunos escrevam um pequeno ensaio refletindo sobre a importância de respeitar as diferentes formas de falar a língua portuguesa e o impacto do preconceito linguístico em suas vidas ou na sociedade, ressaltando o que aprenderam durante a aula.

Encerramento:
Para encerrar a aula, o professor convida os alunos a compartilhar empateticamente como se sentiram durante as discussões. Pode-se realizar uma roda de conversa onde os alunos falam livremente sobre suas experiências relacionadas ao tema, promovendo um espaço seguro para a expressão de pensamentos e sentimentos. Ao final, o professor reforça a importância da diversidade linguística e a necessidade de promover um ambiente de respeito, onde todas as maneiras de se comunicar sejam valorizadas.

Dicas:
– Incentive a participação de todos os alunos, chamando aqueles que são mais tímidos para que expressam suas ideias.
– Use recursos audiovisuais para ilustrar o preconceito linguístico, como trechos de entrevistas ou documentários.
– Considere a possibilidade de trazer convidados que possam compartilhar experiências pessoais relacionadas ao tema, como linguistas ou especialistas em educação.
– Se possível, use atividades lúdicas de dramatização em que os alunos representem situações de preconceito linguístico, criando empatia e reflexões mais profundas.

Por último, lembre-se de que o respeito e a empatia são fundamentais ao tratar de um tema tão delicado quanto o preconceito linguístico, reforçando sempre que a riqueza da língua está em sua diversidade.

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