Plano de Aula: Atividade prática sobre espaço, referencial e posição (Ensino Médio) – 1º Ano
Este plano de aula foi cuidadosamente elaborado para abordar de forma prática e dinâmica conceitos de espaço, referencial e posição. Com uma proposta direcionada a um público da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que abrange a faixa etária de 25 a 65 anos, a atividade se apresenta como uma oportunidade única de conectar teoria e prática de maneira acessível. A metodologia proposta visa à construção do conhecimento a partir da vivência e participação ativa dos alunos, respeitando sua experiência de vida e suas realidades.
O plano de aula se baseia em uma abordagem inclusiva, promovendo o aprendizado através da interação e colaboração entre os alunos. Em um contexto onde a diversidade é um fator importante, as atividades são pensadas para que cada aluno possa contribuir com suas próprias vivências e percepções, respeitando sua individualidade e inserção social.
Tema: Atividade prática sobre espaço, referencial e posição
Duração: 15 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano Médio
Faixa Etária: 25 a 65 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão e aplicação dos conceitos de espaço, referencial e posição na prática cotidiana dos alunos, utilizando metodologias ativas para facilitar a aprendizagem e a construção do conhecimento.
Objetivos Específicos:
– Identificar e descrever o conceito de espaço em diferentes contextos.
– Compreender a importância dos referenciais na localização de objetos e locais.
– Aplicar os conceitos de posição em atividades práticas e cotidianas.
Habilidades BNCC:
– (EM13CNT204) Elaborar explicações, previsões e cálculos a respeito dos movimentos de objetos na Terra, no Sistema Solar e no Universo com base na análise das interações gravitacionais, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
– (EM13MAT201) Propor ou participar de ações adequadas às demandas da região, preferencialmente para sua comunidade, envolvendo medições e cálculos de perímetro, de área, de volume, de capacidade ou de massa.
Materiais Necessários:
– Fita adesiva ou corda para demarcar espaços.
– Lápis e papel para anotações.
– Um objeto de fácil manuseio (ex: bolinhas de papel, lápis, etc.) para a atividade.
– Quadro branco e canetas.
Situações Problema:
– Como podemos identificar a posição de um objeto em relação a outro?
– Quais os impactos da escolha de um referencial para a localização de um espaço?
Contextualização:
O entendimento dos conceitos de espaço, referencial e posição é fundamental para a navegação no mundo físico e social. Na prática, esses conceitos são aplicados em diversas situações do cotidiano, como em geoposicionamento, mapas, e na organização do espaço urbano. Esta atividade visa não apenas ensinar os conceitos, mas também proporcionar uma reflexão sobre sua aplicabilidade e importância na vida diária dos alunos.
Desenvolvimento:
A atividade será desenvolvida em três partes: Explanação inicial, atividade prática e encerramento.
1. Explanação Inicial (5 minutos):
– O professor introduzirá o tema, explicando os conceitos de espaço, referencial e posição. Por exemplo, pode-se explicar que o espaço é a extensão em que os objetos estão localizados, o referencial é o ponto de vista a partir do qual se faz a observação e a posição é a localização exata de um objeto em relação a outro.
– Será utilizado um quadro branco para anotar as definições e exemplos práticos.
2. Atividade Prática (5 minutos):
– Os alunos serão divididos em duplas. Cada dupla receberá um objeto e deverá escolher um referencial dentro da sala de aula para descrever a posição desse objeto em relação a esse referencial.
– Por exemplo, um aluno pode dizer “meu lápis está à direita da minha cadeira”, promovendo assim a prática dos conceitos discutidos. O uso da fita adesiva ou corda para demarcar o espaço no qual os objetos estarão colocados também pode ser útil para visualização do conceito de espaço.
– Os alunos devem anotar suas observações.
3. Encerramento (5 minutos):
– O professor conduzirá uma breve discussão sobre as observações feitas pelos alunos durante as atividades.
– Cada dupla compartilhará sua experiência, e o professor poderá destacar as diferentes maneiras de descrever posições a partir de distintos referenciais.
Atividades sugeridas:
1. Roda de Conversa (Dia 1):
– Objetivo: Discutir percepções sobre espaço e posição.
– Descrição: Reunir todos para uma roda de conversa e trocar experiências sobre como cada um percebe o espaço ao seu redor.
– Material: Cadeiras dispostas em círculo.
– Instruções: Propor perguntas, como “Como você define seu espaço de trabalho?”
2. Mestre do Espaço (Dia 2):
– Objetivo: Aplicar os conceitos de espaço e posição em um jogo de referência.
– Descrição: Um aluno será o “mestre do espaço”, responsável por guiar o grupo em uma série de comandos, como “façam uma fila do lado direito do quadro”.
– Material: Nenhum material específico.
– Instruções: O mestre deve usar comandos diretos para orientar os colegas, reforçando o conceito de referencial.
3. Desenho Colaborativo (Dia 3):
– Objetivo: Representar espacialmente as posições.
– Descrição: Em grupos, alunos desenharão um mapa da sala, incluindo posições dos móveis e referenciais visuais.
– Material: Papel e lápis de cor.
– Instruções: Após desenhar, os alunos apresentarão seus mapas, explicando o que representa cada elemento.
4. Caça ao Tesouro (Dia 4):
– Objetivo: Usar referenciais para encontrar objetos.
– Descrição: Realizar uma caça ao tesouro onde os alunos, orientados por referências dadas, devem localizar objetos.
– Material: Alguns objetos escondidos pela sala.
– Instruções: O professor dará dicas de localização, fazendo uso de termos de espaço e posição.
5. Reflexão Final (Dia 5):
– Objetivo: Refletir sobre a aplicação dos conceitos aprendidos.
– Descrição: Cada aluno escreverá uma breve reflexão sobre como podem aplicar os conceitos de espaço em sua vida cotidiana.
– Material: Papel e caneta.
– Instruções: Compartilhar em duplas o que escreveram para reforçar a aprendizagem.
Discussão em Grupo:
Promover uma ajuda mútua entre os alunos para discutir as soluções encontradas durante a atividade prática. Perguntar sobre as dificuldades encontradas e os diferentes pontos de vista a respeito dos referenciais utilizados.
Perguntas:
– Qual a importância de escolher um bom referencial?
– Como a percepção do espaço pode influenciar nossas atitudes diárias?
– Você consegue pensar em outras situações cotidianas onde a posição e o referencial são importantes?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua através da observação da participação e do envolvimento dos alunos durante as atividades. O professor também levará em conta a capacidade de argumentação e o desenvolvimento de raciocínio crítico apresentado nas discussões.
Encerramento:
A aula se encerrará com a coleta dos feedbacks dos alunos sobre a atividade. O professor poderá reforçar a relevância dos conceitos discutidos no dia a dia dos alunos e como isso pode ajudá-los em diversas situações, instigando a continuidade do aprendizado fora da sala de aula.
Dicas:
– Incentive os alunos a explorarem mais sobre o conceito de espaço no contexto urbano, como a localização de serviços.
– Propor atividades em grupos diversos para que novas interações aconteçam.
– Utilize exemplos do cotidiano deles para ilustrar os conceitos de espaço, referencial e posição de forma mais tangível.
Texto sobre o tema:
O conceito de espaço é parte fundamental da nossa vivência cotidiana. Desde o momento em que abrimos os olhos, começamos a perceber o ambiente ao nosso redor. O espaço pode ser conceituado como a extensão onde tudo existe, e compreender como nos relacionamos com ele é crucial para a nossa interação com o mundo. O referencial, nesse sentido, torna-se uma ferramenta poderosa que nos permite identificar e descrever as posições de diferentes objetos.
Na prática, o referencial pode ser um ponto fixo, como uma mesa, ou algo mais abstrato, como a perspectiva que temos sobre uma situação. Por exemplo, ao darmos direções a alguém, utilizamos pontos de referência para orientá-los – “Vá à direita do mercado”, o que demonstra a importância de um referencial claro. Além disso, a posição de um objeto em relação ao referencial pode alterar completamente a compreensão que temos sobre a forma como ele se encontra em um determinado momento.
Por fim, reconhecer a relevância desses conceitos na vida do dia a dia é um passo significativo para melhorar a nossa comunicação e interação com o espaço. Na Educação de Jovens e Adultos, discutir temas cotidianos e práticos não apenas promove um ambiente de aprendizado inclusivo, mas também instiga um olhar crítico acerca da herança cultural e social que cada aluno traz consigo. Em suma, espaço, referencial e posição são partes integrantes da nossa experiência e compreender sua dinâmica é essencial para uma educação que visa a transformação social e pessoal.
Desdobramentos do plano:
É fundamental que essa atividade não seja vista como um estritamente pontual, mas sim como um passo em direção a uma compreensão mais abrangente de como conceitos matemáticos e científicos podem influenciar o cotidiano. A partir dessa primeira imersão no tema espaço, referencial e posição, outras atividades podem ser desenvolvidas para explorar mais a fundo essas noções, como a utilização de tecnologias que envolvem mapeamento e geolocalização.
Esse desdobramento pode levar os alunos a explorar aplicativos de mapeamento disponíveis em smartphones, onde podem identificar distintos espaços em sua vizinhança e as relações entre eles. Essa tecnologia moderna não apenas facilita a compreensão do espaço físico, mas também proporciona uma perspectiva crítica sobre a organização urbana e os espaços que eles habitam. Ao se deparar com novas implementações tecnológicas, o aluno se torna mais autônomo em suas interações com o ambiente, podendo utilizar referências conhecidas de maneira muito mais eficaz.
Por fim, um grande desdobramento deste plano é a possibilidade de se integrar com outros conteúdos curriculares, como história, ciências e até mesmo arte, quando se fala sobre o espaço ocupado por diferentes expressões artísticas, sociais e culturais ao longo do tempo. Mapeamentos históricos e analises de obras dentro de contextos socioeconômicos podem enriquecer essa abordagem inicial e desenvolver um conteúdo intermultidisciplinar que atenda a diferentes interesses e curiosidades dos alunos.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final da implementação do plano, é importante que o professor reflita sobre a eficácia das atividades e a forma como foram recebidas pelos alunos. Avaliar o contexto em que cada aluno se situou pode ser um indicativo valioso para ajustes futuros e melhoria contínua do processo de ensino-aprendizagem. É igualmente essencial abrir espaço para que os alunos compartilhem suas histórias pessoais relacionadas ao tema, tornando o aprendizado ainda mais rico e significativo.
A interação e o diálogo constante são primordiais dentro do ambiente da EJA. Cada estudante traz consigo um contexto, bagagem e experiências que podem enriquecer ainda mais as discussões. Assim, criar um espaço em que todos se sintam confortáveis para compartilhar suas ideias ajuda a construir um ambiente colaborativo onde todos aprendem e se desenvolvem juntos.
Considerar a diversidade presente na sala de aula não só ajuda a abordar os conteúdos de maneira mais eficaz, mas também permite que o professor ajuste sua prática pedagógica ao contexto dos alunos. Dessa forma, incorporar abordagens diversificadas, que incluam experiências práticas e reflexões, poderá transformar o aprendizado em uma experiência transformadora e inclusiva.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras (Para todas as idades)
– Objetivo: Estudar a relação entre luz e espaço.
– Descrição: Utilizar uma fonte de luz e objetos para criar sombras que serão projetadas em uma parede, ajudando a visualizar como o espaço é afetado pela posição da luz.
– Materiais: Lanterna, objetos diversos, papel e caneta para anotações.
2. Jogo do Mapa (Para todas as idades)
– Objetivo: Aplicar os conceitos de referencial e posição.
– Descrição: Criar um pequeno mapa da sala de aula com a disposição de móveis. Os alunos devem identificar e marcar a posição de diferentes objetos a partir de referências fornecidas.
– Materiais: Papel e lápis para o desenho do mapa.
3. Caça ao Tesouro com GPS (Para idades tecnológicas)
– Objetivo: Compreender a localização através de dispositivos móveis.
– Descrição: Criar uma caça ao tesouro utilizando um aplicativo de geolocalização. Os alunos deverão encontrar pontos de referência ao longo do percurso, demonstrando bem os conceitos de espaço e referencial.
– Materiais: Smartphones ou tablets com acesso a um aplicativo de geolocalização.
4. Construindo Espaços (Para todas as idades)
– Objetivo: Criar espaços em miniatura para compreender a posição e os referenciais.
– Descrição: Usar materiais recicláveis para construir miniaturas de cômodos, utilizando os conceitos discutidos.
– Materiais: Caixas, garrafas, papelão e outros materiais de artesanato.
5. Dança do Espaço (Para todas as idades)
– Objetivo: Promover a integração entre movimento e espaço.
– Descrição: Colocar músicas e permitir que os alunos se movimentem no espaço. Os alunos terão que se posicionar em diferentes partes da sala quando a música parar, usando os conceitos de posição e referencial discutidos.
– Materiais: Música e espaço livre na sala de aula.
Estas são algumas sugestões lúdicas que podem ativar um maior envolvimento e compreensão dos conceitos de espaço, referencial e posição, adaptando a prática educativa para uma abordagem mais prática e interativa. A ideia é que cada atividade possa ser moldada dependendo da dinâmica da turma, sempre respeitando a diversidade de conhecimentos e experiências dos alunos.
Este plano de aula completo visa a proporcionar uma experiência educativa significativa, que respeita a individualidade dos alunos e promove um aprendizado ativo e reflexivo. Com a aplicação dos conceitos de espaço, referencial e posição, espera-se não apenas a assimilação dos conteúdos, mas também um compromisso contínuo com a aplicabilidade desses conhecimentos no dia a dia.