Plano de Aula: Brincadeiras antigas (Educação Infantil)
Neste plano de aula, abordaremos a importância das brincadeiras antigas, que vão além de simples jogos, contribuindo para o desenvolvimento das crianças em diversas áreas. A interação durante as brincadeiras promove valores como o respeito, a solidariedade e a comunicação. Ao explorar atuantes brincadeiras que seus pais ou avós praticavam, as crianças não apenas se divertem, mas também exercitam habilidades sociais, motoras e cognitivas, respeitando as regras e trabalhando em equipe.
O que se pretende ao introduzir as brincadeiras antigas no contexto da Educação Infantil é proporcionar experiências significativas que conduzam as crianças a conhecer suas raízes culturais, além de estimular o brincar livre e espontâneo. Com isso, espera-se que os alunos desenvolvam um sentido de pertencimento, bem como a capacidade de resolver conflitos e compartilhar momentos de diversão.
Tema: Brincadeiras Antigas
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Estimular o desenvolvimento integral das crianças por meio de brincadeiras tradicionais, promovendo a interação e o respeito às regras de convivência.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar momentos de socialização entre as crianças através de brincadeiras coletivas.
– Desenvolver a coordenação motora por meio de atividades que envolvem movimento e deslocamento.
– Ensinar e respeitar as regras básicas de convivência durante as brincadeiras.
– Estimular o interesse em tradições culturais através da descoberta de brincadeiras do passado.
Habilidades BNCC:
Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.
Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos da sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc.
Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Materiais Necessários:
– Cordas para pular.
– Balão de ar ou bexiga (de preferência, reutilizáveis).
– Brinquedos improvisados (como garrafas pet, pneus ou caixas).
– Música em um aparelho de som ou caixinha de som.
– Materiais para criação de artes relacionadas às brincadeiras (papéis coloridos, canetinhas, tesoura sem ponta).
Situações Problema:
– Como podemos brincar juntos respeitando o espaço do outro?
– O que fazer quando alguém não está seguindo as regras do jogo?
– Como nos sentimos quando conseguimos completar uma brincadeira juntos?
Contextualização:
As brincadeiras antigas são um patrimônio cultural que se passou de geração a geração. Ao trazer esse tema para a sala de aula, possibilita-se que as crianças conheçam como seus pais ou avós brincavam e a importância desses momentos de diversão e ensinamento. Nesse sentido, vamos proporcionar experiências com atividades interativas que não apenas promovem o aprendizado, mas também criam um ambiente de diversão e aprendizado sobre cooperação e respeito.
Desenvolvimento:
1. Início da Aula (5 minutos):
– Apresentar o tema da aula, explicando o que são brincadeiras antigas. Perguntar aos alunos se eles conhecem alguma brincadeira que seus pais ou avós costumavam fazer.
2. Atividade de Aquecimento (10 minutos):
– Fazer uma roda com todos os alunos e colocar uma música tradicional para tocar. Enquanto a música toca, as crianças devem dançar e se movimentar no espaço. Quando a música parar, todos devem ficar parados e fazer uma pose. Pergunte o que eles sentiram ao dançar e se movimentar.
3. Apresentação das Brincadeiras (25 minutos):
– Dividir a turma em pequenos grupos e apresentar três brincadeiras diferentes, uma a cada grupo: pular corda, jogo da velha (com o chão marcado), e brincar de bola com pequenas bexigas. Para cada brincadeira, explicar as regras e demonstrar como se faz.
– Cada grupo deve ter tempo para brincar e praticar a atividade escolhida, incentivando sempre a comunicação e o respeito às regras durante a brincadeira.
4. Reflexão Final (10 minutos):
– Retornar à roda e discutir como foi a experiência. Perguntar como se sentiram nas brincadeiras, o que acharam mais divertido e se aprenderam algo novo.
Atividades sugeridas:
1. Brincadeira de Pular Corda
– Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e socializar com os colegas.
– Descrição: Em grupo, as crianças vão pulando a corda em sequência, seguindo uma contagem.
– Instruções: Ensinar a formar pares, um segurando a corda nas extremidades e o outro pulando.
– Materiais: Cordas.
– Adaptações: Se não tiver corda, pode-se improvisar com fitas.
2. Jogo da Velha (chão)
– Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico e seguir regras coletivas.
– Descrição: Usar fitas adesivas para marcar um jogo da velha gigante no chão e cada criança deverá colocar um objeto (pode ser uma garrafinha ou uma bola pequena) em seu lugar.
– Instruções: Explicar que a cada rodada, duas crianças jogam e o jogo deve ser decidido em conjunto.
– Materiais: Fitas adesivas, objetos para marcar.
– Adaptações: Usar formas como círculos ou quadrados em vez de objetos.
3. Brincar de Bexiga
– Objetivo: Estimular a coordenação motora e a interação social.
– Descrição: Jogar bexigas para o alto e tentar mantê-las no ar.
– Instruções: Crie um círculo e faça com que todos se sintam parte da brincadeira jogando e batendo nas bexigas.
– Materiais: Bexigas.
– Adaptações: Utilizar bexigas de tamanhos diferentes.
Discussão em Grupo:
Após as brincadeiras, pergunte:
– Como foi a experiência de brincar assim?
– Quais são algumas regras que precisamos seguir durante as brincadeiras?
– Alguém se sentiu diferente? Como podemos ajudar nossos amigos durante as brincadeiras?
Perguntas:
– Quais brincadeiras antigas vocês conhecem?
– Como podemos respeitar as regras de uma brincadeira?
– Como nos sentimos quando brincamos juntos?
Avaliação:
A avaliação será realizada por meio da observação das interações das crianças durante as brincadeiras. Importante focar se elas conseguem:
– Compartilhar e respeitar os espaços e objetos.
– Comunicar-se com os colegas e adultos.
– Seguir as regras estabelecidas durante as atividades.
– Participar ativamente das brincadeiras propostas.
Encerramento:
Para encerrar a aula, reunir as crianças e pedir que cada uma compartilhe uma coisa que gostou durante as brincadeiras. Agradecer pela participação de todos e trocar ideias sobre as próximas aulas, incentivando-as a trazer ideias de outras brincadeiras que conhecem.
Dicas:
– Incentive a participação ativa de todos, garantindo que cada criança tenha um espaço para se expressar.
– Utilize músicas que remetam ao tema da aula, para criar um ambiente lúdico e alegre.
– Esteja sempre atento às diferentes necessidades e ritmos de aprendizagem das crianças, adaptando as atividades conforme necessário.
Texto sobre o tema:
As brincadeiras tradicionais ocupam um importante lugar no desenvolvimento infantil, uma vez que criam um espaço para que as crianças explorem e compreendam o mundo à sua volta. Através dessas práticas lúdicas, é possível instaurar valores fundamentais como a cooperação, a empatia e o respeito ao próximo. Ao trazer à tona as brincadeiras que passaram de geração em geração, as crianças são estimuladas a dialogar sobre suas origens, o que reforça tanto suas habilidades sociais quanto sua identidade cultural.
Além disso, a participação em brincadeiras antigas permite que as crianças desenvolvam habilidades motoras ao realizar movimentos, sejam eles saltar, correr, ou até equilibrar-se. Essa diversidade de movimentos é essencial não apenas para o desenvolvimento físico, mas também para a auto-estima e a confiança em suas próprias capacidades. Ao aprender a se movimentar e a interagir, os pequenos tornam-se mais autônomos, respeitando-se e respeitando os outros em brincadeiras.
Por fim, é na articulação do jogo que as crianças estabelecem novos laços e constróem sua história coletiva. Quando ensinam e aprendem novas brincadeiras, elas criam uma teia de conexões que favorecem um ambiente de convivência saudável e divertido. O brincar é um meio poderoso de aprender e um recurso valioso para a formação de seres humanos mais conscientes e solidários.
Desdobramentos do plano:
A partir da aula sobre brincadeiras antigas, novos desdobramentos podem ser explorados nas próximas semanas. Uma ideia é criar um espaço na escola para que as crianças compartilhem brincadeiras já conhecidas, gravando vídeos ou fazendo demonstrações para que outros alunos conheçam esses jogos. Essa atividade não apenas ensina um ao outro, mas também reforça a importância da cultura colaborativa e da diversidade cultural que cada criança traz para o coletivo.
Outra possibilidade de desdobramento seria a realização de um evento em que as famílias são convidadas a participar trazendo suas queridas brincadeiras de infância. O envolvimento das famílias nas atividades escolares não só fortalece os laços entre a instituição e os alunos, mas também cria um ambiente familiar e acolhedor, onde todos se sentem parte do processo educacional.
Além disso, a proposta pode ser estendida ao campo das artes, criando um espaço em que as crianças possam desenhar ou montar as brincadeiras que praticaram. Isso estimulará o desenvolvimento da criatividade e do pensamento crítico, que são fundamentais na formação integral do indivíduo. Essa prática também reforça a importância de uma narrativa visual, onde as crianças podem expressar suas experiências de forma única.
Orientações finais sobre o plano:
Ao trabalhar com crianças tão pequenas, é crucial que o professor esteja sempre atento às necessidades e particularidades de cada aluno. É importante lembrar que o jogo deve ser leve e produtivo, promovendo um ambiente acolhedor. Assim, as diferentes abordagens podem ser utilizadas para garantir que todas as crianças se sintam incluídas e respeitadas durante as atividades.
Fomentar a escuta e o diálogo entre as crianças é fundamental para que as experiências de brincadeiras sejam enriquecedoras. O professor deve atuar como um facilitador, mediando as interações e incentivando a comunicação. A reflexão após as atividades ajudará os alunos a internalizarem o que aprenderam e vivenciaram, sendo essa uma prática educativa valiosa.
Por fim, sugerir crítica construtiva acerca das brincadeiras pode cultivar a importância de avaliar o discurso e a prática cotidiana das crianças, guiando-as em relação ao que pode ser modificado ou fortalecido nas brincadeiras futuras. Além disso, o professor deve utilizar essa experiência como uma base e referência para o desenvolvimento de projetos interativos que possam ser trazidos para o espaço lúdico da escola, sempre com o objetivo de aprimorar a prática escolar e o desenvolvimento integral dos alunos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Dia da Brincadeira Resgatada
– Objetivo: Valorizar a herança cultural das brincadeiras.
– Materiais: Cartões com nomes de brincadeiras.
– Modo de condução: Cada criança deverá escolher uma brincadeira para ensinar aos colegas de forma prática. Após o término de cada apresentação, os alunos poderão explicar como brincavam e de onde aprenderam.
2. Artistas na Brincadeira
– Objetivo: Estimular a criatividade por meio da artes.
– Materiais: Papéis, tintas, pincéis e lápis.
– Modo de condução: As crianças desenharão suas brincadeiras favoritas e posteriormente, exporão suas obras no mural da sala.
3. Roda de Histórias de Brincadeiras Antigas
– Objetivo: Incentivar a oralidade e a escuta atenta.
– Materiais: Livro ou fantoches.
– Modo de condução: Contar uma história que envolva brincadeiras antigas. Depois, as crianças poderão relatar se já tinham ouvido ou participado dessas brincadeiras, criando um elo de conexão entre gerações.
4. Caça ao Tesouro de Brincadeiras
– Objetivo: Trabalhar a noção de espaço e colaboração.
– Materiais: Fichas com dicas relacionadas a brincadeiras.
– Modo de condução: Criar pistas que levem as crianças a diferentes estações onde haverá jogos para conhecer. A equipe que conseguir completar todas as pistas primeiro, ganha um pequeno brinde.
5. Contação de Histórias com Movimento
– Objetivo: Integrar a contação de histórias ao movimento.
– Materiais: Música.
– Modo de condução: Adaptar uma história clássica e incluir movimentos que as crianças devem fazer ao longo do enredo. Com isso, os alunos se engajam ainda mais durante a escuta da história, associando a narrativa à ação.
Este plano de aula visa proporcionar uma experiência rica e dinâmica, permitindo que as crianças explorem o mundo encantador das brincadeiras antigas, aprendendo com diversão.