Plano de Aula: Linguagem Corporal: Expressões Faciais (Educação Infantil)
O presente plano de aula tem como finalidade explorar a linguagem corporal e, em especial, a utilização de expressões faciais para enriquecer as narrativas e relatos das crianças. Ao abordar um conto como “A Margarida Insatisfeita”, os pequenos serão incentivados a usar expressões e gestos que complementem suas histórias e ajudem a transmitir suas emoções. Dessa maneira, os educadores podem incentivar a comunicação não verbal, fundamental na primeira infância, onde a linguagem oral ainda está em desenvolvimento.
Ao longo da aula, as crianças terão a oportunidade de praticar não apenas a escuta atenta, mas também a interpretação de expressões faciais, criando um ambiente rico em interações sociais e aprendizagem lúdica. O uso da história “A Margarida Insatisfeita” será central neste processo, pois através dela, os alunos poderão visualizar e vivenciar as emoções da protagonista, praticando a empatia e compreendendo o valor da comunicação alternativa que a linguagem corporal oferece.
Tema: Linguagem Corporal: Expressões Faciais
Duração: 50 Minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 anos
Objetivo Geral:
Fomentar a utilização de expressões faciais por parte das crianças durante a narração de histórias, desenvolvendo a habilidade de comunicar sentimentos e emoções.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar o reconhecimento e a prática de expressões faciais relacionadas a emoções.
– Estimular as crianças a relatar suas próprias histórias utilizando gestos e expressões.
– Encorajar a interação e a comunicação entre os colegas, respeitando as diferenças.
Habilidades BNCC:
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
– (EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).
– (EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos.
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
Materiais Necessários:
– Livro “A Margarida Insatisfeita”.
– Espelhos pequenos para que as crianças possam observar suas próprias expressões faciais.
– Lenços coloridos ou fita adesiva para confeccionar “máscaras” de emoções.
– Folhas em branco e lápis coloridos.
Situações Problema:
Ao longo da aula, as crianças poderão ser confrontadas com perguntas como: “Como você acha que a Margarida se sentiu quando viu que não havia flores no jardim?” ou “Que expressões você faria se estivesse insatisfeito?”.
Contextualização:
As crianças são naturalmente expressivas, e ao trabalharmos com a história “A Margarida Insatisfeita”, podemos explorar a vastidão de emoções que os personagens despertam. Os pequenos devem sentir-se incentivados a expressar suas próprias frustrações e alegrias, utilizando expressões faciais como uma extensão de sua comunicação.
Desenvolvimento:
– Iniciar o encontro reunindo as crianças em círculo.
– Realizar uma leitura interativa do livro “A Margarida Insatisfeita”, perguntando às crianças como a Margarida poderia estar se sentindo em diferentes partes da história.
– Após a leitura, apresentar os espelhos, incentivando-as a imitar as expressões faciais da Margarida durante diferentes momentos da narrativa.
– A seguir, introduzir uma dinâmica onde as crianças contarão suas próprias histórias, utilizando lenços ou máscaras para representar diferentes emoções, como alegria, tristeza e raiva.
– Para finalizar, cada criança poderá desenhar uma “margarida” e expressar embaixo do desenho uma emoção que sentiu durante a atividade.
Atividades sugeridas:
1. Leitura em círculo:
– Objetivo: Estimular a escuta e a atenção.
– Descrição: Ler a história “A Margarida Insatisfeita”, fazendo pausas para perguntar sobre os sentimentos da protagonista.
– Instruções: Utilize tonificação de voz para dramatizar a leitura. Pergunte “Como você acha que a Margarida se sentiu?”.
– Materiais: Livro e perguntas preparadas.
2. Desenho de expressões:
– Objetivo: Incentivar a criatividade e a expressão emocional.
– Descrição: As crianças desenharão uma margarida e usarão cores para representar emoções diversas.
– Instruções: Após a leitura, ofereça formas de desenhar e explique as cores que podem ser usadas.
– Materiais: Papel, lápis de cor, canetinhas.
3. Jogo de mímicas:
– Objetivo: Aprender sobre expressões através do jogo.
– Descrição: As crianças terão que representar diferentes emoções sem falar.
– Instruções: Apresente as emoções que serão encenadas e escolha um ‘ator’ da vez.
– Materiais: Cartões com emoções desenhadas.
4. Espelho da alegria:
– Objetivo: Refletir sobre próprias emoções.
– Descrição: Junte as crianças em pequenos grupos e dê espelhos para que possam examinar suas expressões.
– Instruções: Peça que façam diferentes expressões emocionais.
– Materiais: Espelhos pequenos.
5. Theatrinho:
– Objetivo: Estimular a expressão corporal.
– Descrição: Realizar uma pequena peça onde as crianças representem a história de “A Margarida Insatisfeita”.
– Instruções: As crianças atuarão partes da história, utilizando expressões faciais e corporais.
– Materiais: Elementos de encenação (*ex.: lenços, objetos diversos*).
Discussão em Grupo:
Promova um momento de reflexão e compartilhamento. Pergunte: “Como podemos usar as expressões faciais para comunicar sentimentos?” e incentive as crianças a compartilhar suas experiências.”””
Perguntas:
1. “Como a Margarida se sentia quando não encontrou flores?”
2. “Que expressão você faria se estivesse triste?”,
3. “Como você se sentiu ao contar sua história?”.
Avaliação:
A avaliação será feita observando a participação dos alunos nas atividades, sua capacidade de expressar emoções e a interação entre eles.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma roda de conversa, onde cada criança poderá expressar como se sentiu durante a atividade, promovendo uma empatia entre os colegas e valorizando a experiência vivida.
Dicas:
Utilizar canções que envolvam expressões faciais é uma estratégia interessante; além disso, sempre conduzir as atividades de forma lúdica estimula o interesse e a participação dos pequenos. Assegure-se de criar um ambiente acolhedor e seguro, onde as crianças sintam-se livres para se expressar.
Texto sobre o tema:
A linguagem corporal é um aspecto fundamental da comunicação humana, especialmente na infância. Para crianças de 2 anos, a habilidade de usar expressões faciais e gestos exatamente representa uma maneira primária de se comunicar e interagir com o mundo à sua volta. Elas começam a descobrir que suas expressões podem comunicar sentimentos que nem sempre são traduzidos em palavras, sendo, muitas vezes, um reflexo de suas emoções mais profundas e experiências vividas.
Explorar a comunicação não verbal, por meio da leitura de histórias, é uma das mais ricas experiências na educação infantil. Ao ouvir uma narrativa, como “A Margarida Insatisfeita”, as crianças têm a oportunidade de enxergar diferentes expressões e reações que podem ser associadas aos diversos sentimentos citados. Além disso, ao mimetizá-las, elas não apenas absorvem a história, mas também desenvolvem um repertório emocional que será essencial para interações futuras.
Neste contexto, a prática de contar histórias a partir de expressões faciais também ajuda as crianças a estabelecerem um senso de empatia e solidariedade, pois entender como os outros se sentem é uma habilidade vital. Promover essa abordagem torna-se imperativo em ambientes educacionais, pois crianças pequenas têm uma inteligência emocional que está em pleno desenvolvimento, e cada interação serve como uma oportunidade de aprendizado e crescimento.
Desdobramentos do plano:
Ao trabalharmos a linguagem corporal através das histórias, os educadores podem transitar por diversos contextos e temas que engenheirem novas aprendizagens. O uso de histórias pode não apenas conectar a emoção à expressão mas também proporcionar uma inclusão baseada nas diversidades que crianças com diferentes capacidades emocionais e experiências trazem. Lidar com a frustração e alegria da Margarida pode ser um modelo para discutir outras emoções que as crianças conhecem, utilizando sempre a linguagem corporal para enriquecê-las.
Além disso, essa prática pode ser estendida para incluir outras narrativas que promovam a reflexão sobre sentimentos diversos e o compartilhamento de experiências. Afinal, cada história carrega em si uma possibilidade de aprendizado sobre a solidariedade e a conexão entre os indivíduos, estimulando uma cultura de respeito e empatia que é fundamental para formar cidadãos conscientes e respeitosos.
Integrar a comunicação não verbal ao cotidiano escolar em todas as disciplinas contribui para que as crianças se sintam mais à vontade para expressar seus sentimentos e emoções de maneira aberta e saudável. Portanto, a cada nova história contada, há um novo potencial para o desenvolvimento de habilidades cruciais e indispensáveis para a vida em sociedade.
Orientações finais sobre o plano:
Este plano de aula é uma oportunidade rica e diversificada de interação entre alunos, proporcionando não apenas aprendizado sobre linguagens verbais e visuais, mas também sobre cuidado, respeito e solidariedade em suas relações. Através da exploração de suas próprias emoções e a linguagem corporal, as crianças tornam-se mais conscientes de si mesmas e dos outros ao seu redor. Portanto, ao aplicar este plano, os educadores devem estar prontos para guiar as crianças em um ambiente positivo, garantindo que cada aluno sinta-se valorizado e ouvido.
É fundamental que o educador esteja sempre preparado para adaptar as atividades de acordo com a dinâmica da turma e com as particularidades de cada criança, observando suas reações e promovendo estímulos que estimulem a autoestima e a confiança. As intervenções do educador devem sempre ser calorosas e incentivadoras, promovendo um espaço seguro para a autoria e a expressão.
Por fim, permitir que as crianças reflitam sobre seus sentimentos e os de seus colegas, valorizando as diferenças e estabelecendo diálogos sobre suas emoções, será uma prática que reforça não apenas o aprendizado imediato, mas habilidades que reverberarão ao longo de toda a vida. O desenvolvimento da inteligência emocional é um presente que educadores podem proporcionar em suas atividades diárias, iniciando um caminho de descoberta sobre a riqueza da comunicação humana.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches:
– Objetivo: Explorar sentimentos através da encenação.
– Descrição: Construa fantoches de papel e crie uma pequena peça em que cada fantoche represente uma emoção. As crianças poderão utilizar os fantoches para contar suas histórias e o que sentem.
– Materiais: Papel, canetinhas, palitos de picolé.
2. Creche das Emoções:
– Objetivo: Identificar e nomear emoções.
– Descrição: Monte um mural onde cada criança poderá desenhar sua expressão facial relacionada a uma emoção. Depois, as crianças podem apresentar suas criações.
– Materiais: Folhas, lápis de cor, cartolina.
3. Músicas e Danças:
– Objetivo: Expressar emoções através do movimento.
– Descrição: Criar uma dança onde cada movimento representa uma emoção diferente. As crianças podem compartilhar suas próprias coreografias.
– Materiais: Música animada, espaço livre.
4. O Jogo das Máscaras:
– Objetivo: Reconhecer e interpretar emoções.
– Descrição: Criar máscaras de papel representando diferentes emoções. As crianças usarão as máscaras para interagir entre si, perguntando sobre os sentimentos da “máscara”.
– Materiais: Papel, tesoura, elásticos.
5. Cartão das Emoções:
– Objetivo: Praticar a expressão emocional escrita e falada.
– Descrição: As crianças criarão cartões com desenhos e palavras que representam suas emoções naquele dia. Os cartões serão usados na roda de conversa.
– Materiais: Papéis coloridos, canetas, adesivos.
Este plano de aula busca proporcionar um espaço seguro e acolhedor para que as crianças desenvolvam suas habilidades sociais e emocionais fundamentais, ajudando-as a se tornarem cidadãos mais empáticos no futuro.
