Plano de Aula: Sensoriais (Educacao Infantil) – Bebês

A educação infantil é um momento essencial para o desenvolvimento integral da criança, especialmente no que tange ao estímulo das habilidades sensoriais. Este plano de aula foi desenvolvido para bebês na faixa etária de 2 a 3 anos, tendo como foco a exploração da natureza. Através de atividades sensoriais, as crianças poderão vivenciar a diversidade de estímulos que o ambiente natural oferece, promovendo não apenas o conhecimento, mas também a interação social e o desenvolvimento de habilidades motoras.

Neste plano, buscaremos explorar diferentes texturas, sons e cheiros presentes na natureza, o que proporcionará experiências ricas para os bebês. O contato com a natureza é fundamental para a formação de um vínculo afetivo com o meio ambiente e para o aprendizado sobre o mundo que os cerca. Assim, o educador desempenha um papel vital, mediando essas experiências e garantindo um ambiente seguro e acolhedor.

Tema: Sensoriais
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar experiências sensoriais que estimulem o contato dos bebês com diferentes elementos da natureza, favorecendo o desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais.

Objetivos Específicos:

– Promover a interação das crianças com o ambiente natural, incentivando a exploração de texturas, sons e cheiros.
– Estimular a comunicação e a expressão de emoções e necessidades durante as atividades.
– Desenvolver habilidades motoras por meio de atividades que envolvam manipulação e movimento.
– Fomentar a socialização entre as crianças, incentivando a interação e a partilha de experiências.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”:
(EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.

Materiais Necessários:

– Cestas com diferentes elementos naturais (folhas, pedras, flores, etc.)
– Tecido ou manta para colocar no chão
– Recipientes com água e areia
– Instrumentos musicais simples (como chocalhos)
– Brinquedos que reproduzam sons da natureza (como caixas de som com sons de pássaros)

Situações Problema:

– Como as diferentes texturas (lisas, ásperas) afetam o que sentimos?
– O que acontece quando misturamos água e areia?
– Que sons conseguimos ouvir ao nosso redor?

Contextualização:

Nos últimos anos, o contato direto com a natureza tem sido cada vez mais valorizado nos processos educativos. Estudos mostram que a exploração de ambientes naturais estimula o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, além de promover uma maior conexão emocional com o meio ambiente. Assim, fundamentados por essa perspectiva, o plano de aula visa potencializar essas experiências em um ambiente seguro e acolhedor.

Desenvolvimento:

A aula inicia-se com a criação de um ambiente acolhedor. O educador deve preparar um espaço ao ar livre ou uma sala com janelas amplas, onde as crianças possam observar e interagir com o ambiente ao seu redor. Após essa preparação, o educador reúne as crianças e apresenta os materiais disponíveis, incentivando a curiosidade e a exploração.

As atividades devem ser divididas em três partes principais:

1. Exploração de Texturas e Sons: As crianças terão acesso a cestas com diferentes elementos naturais. O educador irá guiá-las para explorar as folhas, pedras e outros materiais, incentivando a descrição das texturas e sons que cada elemento produz.

2. Atividade Sensorial com Água e Areia: Em seguida, as crianças deverão manipular água e areia. O educador pode incentivar perguntas sobre diferenças e semelhanças, explorando as texturas e temperaturas dos materiais, além da interação entre os dois. Essa atividade pode ser feita em recipientes grandes para que todos possam participar.

3. Roda de Música da Natureza: Para finalizar a atividade, o educador pode montar uma roda onde cada criança poderá tocar um instrumento musical simples, imitando sons da natureza. A interação e o compartilhamento desses sons entre as crianças serão estimulados, contribuindo para o desenvolvimento social.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Explorando Texturas
Objetivo: Permitir que as crianças descubram diferentes texturas encontradas na natureza.
Descrição: Dispor cestas com folhas, pedras, e flores em um espaço coberto com uma manta.
Instruções: Incentivar as crianças a tocarem e descreverem o que sentem. Acompanhar com falas como “isso é áspero, isso é macio”.
Materiais: Cestas com texturas naturais.

Atividade 2: Água e Areia
Objetivo: Explorar conceitos de causa e efeito através da mistura de água e areia.
Descrição: Montar uma atividade ao ar livre, com um recipiente de água e outro de areia.
Instruções: Permitir que as crianças experimentem conceitos de molhar e secar as mãos, fazendo castelos de areia.
Materiais: Recipientes com água e areia, brinquedos para moldar.

Atividade 3: Sons da Natureza
Objetivo: Identificar e reproduzir sons ambientais.
Descrição: Reunir as crianças em um círculo e apresentar instrumentos simples.
Instruções: Pedir para que toquem os instrumentos e imitem sons de pássaros ou outros elementos da natureza.
Materiais: Instrumentos de percussão, caixas de som com sons da natureza.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, reunir as crianças em um local confortável e discutir as experiências vividas. Perguntas podem ser feitas para incentivar a reflexão e o compartilhamento:

Perguntas:

– O que você sentiu ao tocar na folha?
– Como estava a água?
– Que som você ouviu quando tocou seu instrumento?

Avaliação:

A avaliação deve ser processual e observar as interações das crianças durante as atividades. O educador deverá registrar diferentes aspectos, como a iniciativa das crianças em explorar os materiais, as expressões faciais e as interações sociais.

Encerramento:

Finalizar a atividade com uma roda de relaxamento, onde as crianças podem compartilhar o que mais gostaram e o que aprenderam durante a aula, reforçando o vínculo com os colegas e com a natureza.

Dicas:

– Esteja atento às reações emocionais e físicas das crianças durante as atividades.
– Mantenha um ambiente seguro e acessível, facilitando a exploração.
– Adapte as atividades conforme as necessidades e limitações de cada criança.

Texto sobre o tema:

A exploração sensorial é um componente essencial no desenvolvimento infantil, especialmente em idades tão tenras como as de 2 a 3 anos. A partir desta idade, as crianças estão começando a entender e fazer conexões com o mundo ao seu redor. A natureza oferece um laboratório vivo, rico em cores, formas e texturas que atraem a atenção e estimulam a curiosidade das crianças. É importante que o educador promova momentos em que os bebês possam interagir livremente com elementos naturais, permitindo que os pequenos toquem, sintam e descubram as maravilhas que o ambiente natural pode proporcionar.

A relação com o meio ambiente, cultivada desde cedo, pode se traduzir em um cuidado e respeito maior no futuro. Além disso, experiências ao ar livre trazem benefícios adicionais, como o fortalecimento do sistema imunológico e a redução do estresse nas crianças. A natureza oferece não apenas oportunidade de aprendizagem, mas também um espaço onde as crianças podem se mover livremente, experimentar e, acima de tudo, serem crianças.

Por fim, a promoção da educação sensorial deve ser uma prioridade. As atividades propostas neste plano não apenas fortalecem as habilidades motoras e cognitivas, mas também fomentam a socialização, a comunicação e a empatia entre as crianças. É assim que, ao proporcionar experiências nas quais os bebês podem explorar, descobrir e interagir, estamos colaborando para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes e responsáveis.

Desdobramentos do plano:

Uma vez que as crianças tenham participado das atividades de exploração sensorial, o educador pode considerar o desdobramento dessas experiências em atividades futuras. Por exemplo, ao observar as reações dos bebês ao tocarem diferentes texturas, pode-se criar uma sequência de atividades relacionadas ao tema “texturas da natureza”, onde objetos como cascas de árvores, pelagens, e outros materiais naturais serão investigados de forma mais aprofundada.

Além disso, o educador pode desenvolver projetos que integrem as competências adquiridas nas atividades sensoriais com outras áreas do conhecimento, como a matemática e a linguagem. A contagem de objetos naturais, a construção de histórias que envolvem a natureza ou o uso de canções que abordem elementos da flora e fauna podem ampliar o aprendizado e reforçar a conexão das crianças com o meio ambiente.

Outro desdobramento importante é o envolvimento das famílias nas experiências sensoriais dos bebês. Por exemplo, o educador pode sugerir que as famílias levem seus filhos a parques ou praças, onde possam coletar elementos naturais para trazer para a sala de aula, promovendo assim um diálogo contínuo entre o aprendizado no ambiente escolar e no lar.

Orientações finais sobre o plano:

Ao final da execução deste plano de aula, o educador deverá estar atento a alguns aspectos que podem enriquecer as futuras experiências de ensino-aprendizagem. É fundamental que as atividades sejam sempre adaptadas às necessidades e características dos bebês, respeitando seu ritmo e seu espaço. A flexibilidade nas propostas pode propiciar um ambiente mais acolhedor e receptivo, onde cada criança se sinta valorizada e à vontade para explorar.

Além disso, é importante que o educador registre suas observações e reflexões sobre o desempenho e o engajamento das crianças durante as atividades. Essas anotações podem ser valiosas para planejar futuras intervenções e para compreender melhor o desenvolvimento individual de cada aluno. A avaliação formativa deve ser um processo contínuo, que reconheça não apenas os resultados, mas, principalmente, os esforços e as experiências vividas pelas crianças.

Por último, reforçar a importância da conexão emocional com a natureza é fundamental na formação dos pequenos. Ao proporcionar experiências ricas em interações com o ambiente natural, estamos cultivando não apenas o aprendizado, mas também o afeto e a responsabilidade em relação ao nosso planeta, formando futuros cidadãos comprometidos com a proteção do meio ambiente.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Sons: Os educadores podem criar uma atividade onde os bebês tenham que encontrar objetos que produzem sons, como chocalhos ou instrumentos musicais. O objetivo é fomentar a exploração auditiva e a identificação de sons. Os educadores devem acompanhar a atividade, ajudando as crianças a entenderem a diferença entre os sons.

2. Arte natural: Oferecer materiais como areia, folhas e flores para que as crianças possam criar pequenas obras de arte. O foco aqui é permitir que as crianças usem sua criatividade enquanto exploram as texturas e cores naturais. O educador poderá guiar a atividade, ajudando a montar pequenos “quadro naturais”.

3. Jogos de Encaixe: Criar jogos que incentivem o encaixe de diferentes formas e tamanhos de objetos naturais. Essa atividade pode ajudar no desenvolvimento motor e na percepção de relações espaciais. O educador pode adaptar a dificuldade do jogo conforme a habilidade das crianças.

4. Exploração de cheiros: Proporcionar uma atividade onde os bebês possam usar as narinas para sentir cheiros de diferentes elementos naturais, como frutas, flores e folhas. Esta atividade é rica em possibilidades para o desenvolvimento das habilidades de comunicação e expressão, e o educador deve encorajar a exploração e a verbalização das experiências.

5. Contação de Histórias na Natureza: Criar um momento de contação de histórias ao ar livre, onde as crianças possam ouvir relatos que envolvem elementos da natureza. Os educadores devem estimular a interação, incentivando as crianças a apontarem os elementos mencionados nas histórias, promovendo assim o desenvolvimento da escuta e da atenção.

Este plano de aula busca ser uma ferramenta valiosa para a prática pedagógica, promovendo um desenvolvimento integral e sensorial dos bebês na educação infantil.

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