Plano de Aula: Sentimentos – Raiva (Educação Infantil) – Bebês

A proposta deste plano de aula é trabalhar os sentimentos, especialmente em relação à raiva, de maneira lúdica e adaptada aos bebês, que estão na fase de exploração e compreensão das emoções. O objetivo é facilitar a expressão emocional, permitindo que os pequenos compreendam e lidem com suas emoções de uma forma acessível e divertida. As atividades propostas buscam estabelecer um ambiente seguro e acolhedor, onde cada bebê possa interagir e expressar suas necessidades e emoções, promovendo o desenvolvimento cognitivo e emocional.

Neste plano, a abordagem do sentimento de raiva será feita por meio de brincadeiras e atividades que estimulem a movimentação corporal e a comunicação não-verbal, as quais são fundamentais para esta faixa etária. É importante que os educadores estejam atentos às reações dos bebês, propiciando um espaço de escuta e interação em que se reconheça e respeite o que cada um expressa, seja através de gestos, balbucios ou expressões faciais. Assim, facilitar esse aprendizado aparece como uma excelente oportunidade para o desenvolvimento das habilidades de socialização e autoexpressão.

Tema: Sentimentos – Raiva
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Familiarizar os bebês com o sentimento de raiva, promovendo a expressão emocional através de brincadeiras que incentivem a movimentação, a interação e a comunicação.

Objetivos Específicos:

Despertar a percepção emocional dos bebês em relação à raiva, utilizando o corpo e a comunicação como meios de expressão; incentivar a interação social entre as crianças através de atividades coletivas; e promover o reconhecimento e a expressão dos sentimentos por meio de jogos e brincadeiras.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
(EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

Materiais Necessários:

– Brinquedos que façam barulho (por exemplo, chocalhos, tambores pequenos);
– Tecido de diferentes texturas (para estimular o toque);
– Materiais macios para usar durante a atividade de expressão corporal (almofadas, tapetes);
– Atividades musicais (CDs ou dispositivos com músicas infantis);
– Livros ilustrados com emoções (que mostrem rostos expressando diferentes sentimentos);

Situações Problema:

Como podemos identificar quando estamos sentindo raiva? Será que outras crianças sentem raiva? Como podemos expressar isso de maneira divertida? Essas perguntas guiarão a interação e as atividades do dia.

Contextualização:

Os bebês, ao longo das suas interações diárias, muitas vezes expressam emoções como a raiva através de lágrimas ou gritos, mesmo que não consigam verbalizar o que sentem. É fundamental trabalhar esses sentimentos com os pequenos, ajudando-os a dizer o que sentem de maneira lúdica e segura. Brincadeiras e expressões corporais são formas efetivas para que os bebês, com o auxilio do educador, possam compreender e internalizar a temática de maneira leve.

Desenvolvimento:

1. Abertura (10 minutos):
Inicie a aula com uma música suave enquanto as crianças são acomodadas. Utilize um livro ilustrado com imagens de rostos expressando raiva e outras emoções. Pergunte aos bebês se eles conhecem essa emoção e incentive a interação mostrando os rostos e perguntando o que eles sentem.

2. Explorando a Raiva (15 minutos):
Utilize os brinquedos que fazem barulho, como tambores ou chocalhos. Desafie os bebês a “fazerem barulho” como se estivessem expressando raiva. O objetivo aqui é usar o som como um canal de comunicação, permitindo que possam explorar suas emoções através de movimentação e som.

3. Brincadeira da Textura (10 minutos):
Distribua pedaços de tecidos de diferentes texturas e incentive as crianças a explorarem o que sentem ao tocá-los. Pergunte se algum tecido as faz sentir raiva ou alegria, promovendo o reconhecimento sensorial e emocional. Isso reforça a noção de que diferentes estímulos geram diferentes sentimentos.

4. Movimentação e Expressão (10 minutos):
Realize uma atividade de dança onde os bebês possam movimentar o corpo livremente. Utilize músicas que incentivem a expressão corporal. Pergunte-lhes: “Como podemos dançar quando estamos felizes?” e “E quando estamos com raiva?” Para cada emoção, incentive os bebês a se moverem de maneira correspondente.

5. Fechamento da Aula (5 minutos):
Finalize a atividade com uma rodinha de conversa breve sobre as emoções sentidas. Pergunte aos bebês o que mais eles gostaram e como se sentiram durante as atividades.

Atividades sugeridas:

1. Exploração Musical: Toque músicas alegres e incentive os bebês a dançar. Proporcione momento de tocar instrumentos de forma livre.
2. Histórias com Emoções: Lê histórias que mostram diferentes sentimentos, pause para ver a reação dos bebês e pergunte sobre os sentimentos que aparecem nas histórias.
3. Teatro de Sombras: Crie sombras com as mãos e conte uma história breve que envolva a raiva, incentivando os bebês a fazerem sons que expressem essa emoção.
4. Brincadeira do Espelho: Observe juntos em um espelho, imitar expressões faciais de raiva e felicidade, explorando o que conseguem reconhecer.
5. Caixa de Emoções: Uma caixa com objetos que representam emoções, onde cada bebê pode pegar um objeto e expressar a emoção que ele representa.

Discussão em Grupo:

A ideia é promover um espaço de escuta e troca entre as crianças. É fundamental que as educadoras façam perguntas como: “O que você sente quando está com raiva?” e “Como você pode exibir a sua raiva?” Construa um ambiente acolhedor onde todos se sintam confortáveis para se expressar.

Perguntas:

– Você se lembra de alguma vez que ficou bravo ou bravo? O que aconteceu?
– Como você se sente quando algo não acontece do seu jeito?
– O que você faz para se sentir bem quando está com raiva?

Avaliação:

A avaliação será contínua e observará como os bebês interagem durante as atividades propostas. A atenção às expressões e as reações são o foco principal para a autoexpressão e a comunicação. O educador deverá anotar como cada bebê se comportou, buscando desenvolver um olhar atento às suas necessidades emocionais.

Encerramento:

Para fechar a aula, um momento de reflexão e calma será essencial. Uma música suave pode ser colocada enquanto os bebês ficam em roda e expõem o que sentiram. Isso promove um espaço para a comunicação e a expressão emocional, fundamentais para o desenvolviment.

Dicas:

– Sempre esteja atento às reações e comportamentos dos bebês. Adaptar a atividade ao que eles parecem gostar ou rechazar é importante.
– Experimente utilizar brinquedos e recursos diferentes para cada atividade, diversificando a experiência sensorial.
– Mantenha a ambientação do local aconchegante e livre de excessos para que os bebês se sintam seguros durante a exploração emocional.

Texto sobre o tema:

Os sentimentos são uma parte fundamental da experiência humana, e mesmo os bebês, em sua forma de compreender o mundo, já manifestam emoções multiformes. A raiva é uma dessas emoções que, embora muitas vezes vista como negativa, oferece oportunidades valiosas de aprendizado sobre limites, relações e expressões emocionais. A forma como lidamos com esses sentimentos pode moldar as habilidades de comunicação e conexão social nas crianças, e compreender isso desde cedo é essencial.

Explorar o sentimento de raiva com os bebês através do movimento e da interação é uma abordagem eficaz. O corpo expressa emoções antes mesmo que a capacidade de verbalização se desenvolva, e essa expressão corporal deve ser encorajada. As atividades propostas, como dançar, tocar instrumentos ou brincar com texturas, são caminhos para que os pequenos reconheçam suas emoções e as do outro. Por meio dessas interações, os bebês não só expressam o que sentem, mas também aprendem que todos sentem raiva de maneiras diferentes e que isso é natural.

Além disso, a mediação do educador torna-se crucial nesse processo. Ele ou ela deve estar preparado para guiar as crianças em práticas de autoexpressão emocional e ser um modelo de como lidar com essas emoções de maneira saudável. O ambiente acolhedor e interativo proposto faz com que os bebês se sintam à vontade para explorar seus sentimentos sem medo de julgamentos, promovendo um desenvolvimento social e emocional positivo.

Desdobramentos do plano:

Este plano pode ser expandido e adaptado para incluir diferentes sentimentos ao longo do tempo. Depois de trabalhar a raiva, pode-se incluir atividades que abordem a felicidade, a tristeza e a frustração. O fundamental é que os educadores sejam sensíveis às necessidades e ao desenvolvimento emocional dos pequenos, construindo um espaço seguro onde a liberdade de expressão se torna o pilar da aprendizagem.

Os sentimentos são, por natureza, universais, mas sua expressão varia conforme o ambiente social e familiar. É crucial reconhecer que os bebês trazem consigo experiências que influenciam seu comportamento e a forma de se relacionar com o mundo ao seu redor. Portanto, ao abordar essas emoções, é sempre relevante conectar a experiência da sala de aula com a vivência dos pequenos em casa, envolvendo a família na jornada de exploração emocional.

Por último, ao planejar novas atividades que promovam a exploração de sentimentos, é benéfico incluir a observação constante das respostas emocionais dos bebês e moldar as atividades conforme essas observações. Essa prática não só fortalece a relação entre educadores e bebês, mas também promove um espaço de desenvolvimento emocional harmonioso e integrado.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula foi elaborado com o foco em respeitar as necessidades emocionais e físicas dos bebês, buscando inteirar a comunicação de maneira diferente e lúdica. Os educadores devem estar cientes de que cada criança possui um ritmo próprio e um conjunto singular de experiências vivenciadas que moldam sua compreensão emocional. Desta forma, embora o planejamento seja uma etapa essencial, a flexibilidade e a adaptação fazem parte do processo educativo.

A interação entre os bebês e o educador deve ser construída com paciência e sensibilidade. A comunicação não-verbal é uma ferramenta poderosa nessa fase de desenvolvimento. Assim, o olhar atento para os gestos e expressões faciais permitirá que o educador crie um ambiente acolhedor, onde a experiência dos sentimentos se torne uma parte natural do cotidiano das crianças. Essas experiências contribuirão de forma significativa para o desenvolvimento emocional saudável da criança, preparando-a para interações sociais complexas no futuro.

Por fim, o acompanhamento da evolução emocional dos bebês deve ser uma prática contínua dos educadores. Criar mapas de desenvolvimento emocional, onde se registre o entendimento de cada bebê sobre os sentimentos, pode ajudar no planejamento de atividades futuras e no fortalecimento das relações da sala de aula. A educação emocional começa desde cedo e, ao criar um espaço onde bebês possam explorar seus sentimentos com segurança, estamos ajudando a moldar indivíduos mais seguros e expressivos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeira da Bolha da Raiva: Crie bolhas de sabão com os bebês e incentive-os a estourá-las. Quando uma bolha estourar, fale sobre o que sentiram antes de estourá-la. Isso ajuda a visualizar as emoções que podem crescer e estourar.

2. Teatro dos Sentimentos: Use os bonecos de dedo para criar cenários onde os sentimentos são apresentados de maneira simples; podem brincar de “o boneco estava bravo”, imitando expressões para reforçar a aprendizagem sobre a raiva e outras emoções.

3. Atividade dos Sons: Explorar a produção de sons com diferentes objetos, como potes e colheres, onde cada barulho representa uma emoção. Um barulho forte pode replicar a raiva, enquanto um suave a felicidade.

4. Dança das Emoções: Criar uma sequência de danças para representar diferentes sentimentos, prendendo a atenção dos bebês e ensinando a identificar cada emoção expressada.

5. Caça às Emoções: Uma atividade onde o educador esconderá diferentes cartões com emoções em uma caixa. Invitar os bebês a explorar e, ao encontrarem, devem expressar o sentimento que o cartão representa por meio de gestos ou sons.

Essas atividades são projetadas para serem adaptáveis a diferentes características e necessidades dos bebês, garantindo que todos tenham a oportunidade de aprender e se expressar de forma lúdica.

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