Plano de Aula: SETEMBRO AMARELO (Ensino Fundamental 2) – 8º Ano

O plano de aula a seguir foi elaborado com o intuito de abordar de forma clara e profunda o tema Setembro Amarelo, que visa conscientizar sobre a prevenção do suicídio e a valorização da vida. A proposta de utilizar teatro e coreografia como ferramentas de expressão permitirá aos alunos não apenas refletir sobre a importância da temática, mas também desenvolver suas habilidades de comunicação e empatia.

Essa aula é especialmente relevante no contexto escolar, onde é preciso criar um espaço seguro para que os jovens possam discutir suas emoções e os desafios que enfrentam. O envolvimento emocional e a expressão artística podem atuar como facilitadores nesse processo. Através da arte, os alunos têm a oportunidade de externalizar suas vivências e percepções, realizando um trabalho de conscientização que impacta a comunidade escolar.

Tema: Setembro Amarelo
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 13 e 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver uma apresentação teatral ou coreográfica que discorra sobre a importância da valorização da vida e a prevenção do suicídio, incentivando a reflexão e o diálogo entre os alunos sobre o tema.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a reflexão sobre questões de saúde mental e a promoção da vida.
– Desenvolver habilidades artísticas, como atuação e dança, que podem auxiliar na expressão de emoções.
– Promover o trabalho em equipe e a comunicação entre os alunos.
– Aumentar a conscientização sobre os sinais de alerta de suicídio.
– Fomentar um ambiente seguro para que os alunos possam compartilhar seus sentimentos e experiências.

Habilidades BNCC:

Para o 8º ano de Língua Portuguesa, as seguintes habilidades serão trabalhadas:
– (EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase.
– (EF08LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização como peça teatral, novela, filme etc.

Materiais Necessários:

– Papel e caneta para anotações.
– Materiais para figurino (tecidos, acessórios e itens que possam ser utilizados na encenação).
– Espaço amplo para ensaios (sala de aula ou auditório).
– Equipamentos para reprodução de música (caixa de som, celular ou laptop).
– Cartazes ou folhetos informativos sobre o tema Setembro Amarelo.

Situações Problema:

Como os jovens podem expressar e compartilhar suas emoções de maneira saudável? Quais são os sinais que indicam que alguém pode estar passando por momentos difíceis?

Contextualização:

Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que busca promover o debate sobre a saúde mental, a valorização da vida, e a busca de ajuda em momentos de crise. Considerando que os adolescentes são uma faixa etária vulnerável a essas questões, é essencial que a escola aborde o tema de maneira educativa e acolhedora.

Desenvolvimento:

Introdução (10 minutos): Apresentar aos alunos o tema Setembro Amarelo, discutindo brevemente sobre a importância de dialogar abertamente sobre saúde mental. Para isso, pode-se usar vídeos curtos ou depoimentos de pessoas que passaram por dificuldades.

Exploração do Tema (15 minutos): Dividir a turma em grupos pequenos e pedir que discutam como a saúde mental é vista em sua rotina diária. Cada grupo deve listar pelo menos três sentimentos ou comportamentos que notam em si mesmos ou nos colegas que podem sinalizar problemas emocionais.

Criação Artística (15 minutos): Informar que cada grupo criará uma pequena apresentação teatral ou coreografia que refletem as discussões anteriores. Cada grupo terá que desenvolver uma cena ou dança que expresse a importância de buscar ajuda, ouvir os outros e valorizar a vida. Os alunos podem se revezar para atuar, e também criar diálogos ou movimentos que incluam os sentimentos discutidos.

Apresentação (10 minutos): Cada grupo apresentará sua criação para a turma. Após cada apresentação, abrir um espaço para que os colegas comentem e compartilhem suas percepções e sentimentos sobre o que acabaram de assistir.

Atividades sugeridas:

1. Debate sobre saúde mental: Promover um debate onde os alunos possam expor suas opiniões sobre como a sociedade trata a saúde mental da juventude, incentivando a expressão e a escuta ativa.

2. Criação de uma Câmara de Aconselhamento: Montar um espaço na escola onde os alunos possam ir para falar sobre suas dificuldades e buscar conselhos de colegas ou orientadores.

3. Oficina de Artes: Convidar um artista local para ministrar uma oficina de expressão artística, onde os alunos possam criar obras que representem suas emoções.

4. Campanha de Conscientização: Produzir cartazes que serão espalhados pela escola, com mensagens positivas e de incentivo à procura de ajuda.

5. Dia do Dia de Atividades ao Ar Livre: Organizar um dia no parque em que os alunos pratiquem atividades físicas e promovam a interação saudável, estimulando uma boa saúde mental.

Discussão em Grupo:

– O que significa para você cuidar da saúde mental?
– Como podemos ajudar um amigo que está passando por um momento difícil?
– Que outras formas de expressão podemos usar para falar sobre nossas emoções além do teatro e da dança?

Perguntas:

– Quais são os sinais de que um amigo pode estar tendo dificuldades emocionais?
– O que você pode fazer se perceber que alguém precisa de ajuda?
– Como a arte pode contribuir para o nosso bem-estar emocional?

Avaliação:

A avaliação será feita observando a participação dos alunos nas discussões, a qualidade e relevância das apresentações artísticas, bem como o engajamento nas reflexões coletivas.

Encerramento:

Finalizar a aula reforçando a importância da valorização da vida e do cuidado com a saúde mental. Incentivar os alunos a procurarem apoio quando necessário e a se tornarem agentes de mudança dentro da escola e da comunidade.

Dicas:

– Crie um ambiente acolhedor e seguro onde todos se sintam à vontade para expressar seus sentimentos.
– Utilize recursos audiovisuais para enriquecer as discussões e exemplificar como a arte pode ser uma forma de terapia.
– Esteja alerta a sinais de que algum aluno pode estar passando por dificuldades emocionais e encaminhe-o para ajuda profissional se necessário.

Texto sobre o tema:

O suicídio é um tema delicado, mas necessário de ser tratado, especialmente no ambiente escolar, onde os jovens passam por diversas transformações e conflitos internos. Setembro Amarelo surge como uma campanha que visa conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental. Ao longo do mês, várias ações são realizadas visando informar e educar sobre esse assunto, que ainda é cercado de tabus e estigmas.

É fundamental reconhecer que todos podem enfrentar momentos de crise e que pedir ajuda é uma atitude de coragem e força. As taxas de suicídio entre adolescentes têm aumentado globalmente, e ações como o Setembro Amarelo são essenciais para reverter esse quadro. Através do diálogo e da educação, podemos desmistificar a ideia de que a vulnerabilidade emocional é um sinal de fraqueza. É importante que as escolas se tornem espaços de acolhimento, onde os alunos se sintam seguros para discutir seus sentimentos e sejam incentivados a procurar apoio.

Fazer uso da arte como forma de expressão é uma poderosa ferramenta nesse processo. O teatro e a dança não apenas ajudam os alunos a trabalhar suas emoções, mas também promovem a empatia e a conexão entre os indivíduos. Ver e ouvir diferentes perspectivas pode ampliar a compreensão do sofrimento alheio, incentivando a solidariedade e a busca de soluções coletivas. Conscientizar sobre a saúde mental não é apenas uma responsabilidade individual, mas um dever social, e a troca de experiências entre os jovens pode ser um passo fundamental na construção de um futuro mais saudável.

Desdobramentos do plano:

A discussão sobre saúde mental e a precisão de apoio psicológico deve continuar além da aula. As ações promovidas durante o Setembro Amarelo podem ser apenas o primeiro passo para criar um ambiente educativo que valorize a saúde mental e a vida. As escolas podem implementar programas anuais que incluam workshops, palestras e oficinas que abordem a questão de forma contínua, ajustando as abordagens às necessidades dos alunos.

Além disso, é imprescindível que a escola trabalhe em parceria com profissionais da saúde mental, oferecendo apoio especializado aos alunos que necessitam. Ter acesso a psicólogos e conselheiros dentro do ambiente escolar pode reduzir o estigma associado à busca de ajuda e encorajar os alunos a tratar suas questões emocionais de forma saudável e adequada. Dentro dessa proposta, é crucial também que se envolva os pais e a comunidade escolar, promovendo uma cultura de diálogo sobre a saúde mental em diversos níveis. Dessa forma, o Setembro Amarelo pode se transformar em um movimento que construa conscientização e ofereça suporte contínuo, indo além de um simples mês de lembranças.

Por fim, o engajamento dos alunos não deve se limitar apenas às discussões feitas em sala de aula, mas sim se amplificar através de ações coletivas, como campanhas de conscientização e eventos que estimulem o debate a respeito da saúde mental. Ao promover essas atividades, a escola não só proporciona um espaço de aprendizado, mas também uma plataforma de transformação social e de impacto positivo na vida dos jovens.

Orientações finais sobre o plano:

Durante o planejamento e a execução do plano de aula, é importante manter sempre a sensibilidade ao lidar com o tema da saúde mental. Os professores precisam estar cientes de que cada aluno é único, com suas próprias experiências e perspectivas, e devem estar preparados para ouvir e apoiar aqueles que possam se sentir mais afetados por questões emocionais.

Criar um clima de acolhimento é fundamental para que os alunos se sintam à vontade em se expressar. Isso envolve não apenas o uso de técnicas e atividades artísticas, mas também a prática da escuta ativa e da empatia. Os educadores podem desempenhar um papel vital ao facilitar este espaço, agindo como mediadores de discussões e como ponte entre os alunos e os recursos de apoio disponíveis.

Vale lembrar que a iniciativa de sensibilização sobre questões de saúde mental não deve se restringir a um único mês ou evento. Integrar essas discussões no cotidiano escolar através de atividades lúdicas e educativas pode criar um ambiente contínuo de aprendizado e apoio, eliminando estigmas e fazendo com que a saúde mental se torne uma parte natural da educação dos jovens.

Ao fim de cada atividade, é aconselhável que os professores reflitam sobre as práticas realizadas e sobre como os alunos reagiram às discussões. Essa análise pode auxiliar na identificação de áreas que precisam de mais atenção e aprimoramento nas futuras abordagens do tema e na criação de um ambiente escolar mais seguro e acolhedor.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro Improvisado: Promover uma atividade de teatro onde os alunos devem criar cenas sobre situações que geram estresse ou ansiedade, e, em pequenas atuações, desenvolver soluções. Materiais necessários: figurinos improvisados e um espaço amplo para a atividade. Adaptação: alunos que se sentirem mais tímidos podem participar como roteiristas ou assistentes.

2. Dança do Sentimento: Os alunos podem participar de uma competição de danças onde cada grupo representa um sentimento relacionado à saúde mental (alegria, tristeza, ansiedade). Os alunos podem apresentar ao som de músicas que refletem essas emoções. Materiais: músicas selecionadas previamente. Adaptação: alunos com limitações motoras podem criar uma representação visual dos sentimentos usando cartazes.

3. Criação de um Mural Coletivo: Criar um mural onde alunos podem expressar seus sentimentos e pensamentos sobre a saúde mental através de desenhos e poesias. Materiais: papel, tintas, canetas, cartolinas. Adaptação: os alunos que não puderem se manifestar artisticamente podem compartilhar ideias por meio do uso de palavras.

4. Jogo de Perguntas: Criar um jogo de perguntas e respostas sobre saúde mental e o Setembro Amarelo. Os alunos podem usar cartões com perguntas entre eles. Materiais: cartões. Adaptação: alunos com dificuldade de leitura podem ter apoio de colegas para compreender as perguntas.

5. Rua da Vida: Organizar uma caminhada pela escola, onde os alunos possam se mascarar de personagens que tiveram que enfrentar desafios emocionais e compartilhar suas experiências. Materiais: fantasias improvisadas. Adaptação: alunos que não desejarem se vestir podem fazer um discurso sobre o personagem escolhido.

Esta sequência de atividades não apenas facilita a abordagem do tema, mas também constrói um laço comunitário entre os alunos, fazendo com que eles se sintam compreendidos e apoiados. A continuidade da conversa sobre saúde mental e o apoio pedagógico são essenciais para que os alunos se sintam seguros e respeitados em suas vivências.

Botões de Compartilhamento Social